O amor, nesse caso o romântico, será mesmo altruísta? Ou será que é egoísta? Vamos pensar usando a seguinte linha de raciocínio: quando “amamos” alguém fazemos isso por que esse alguém nos compreende, esse alguém gosta das mesmas coisas que nós, esse alguém possui todos ou quase todos os requisitos que nós buscamos em uma pessoa a nosso ver ideal para suprir as nossas necessidades, ou seja, é tudo voltado para nós, nós e nós, logo, não poderia ser considerado um sentimento altruísta.
Amor romântico poderia ser classificado como amor próprio, visto que tudo o que fazemos e/ou achamos que fazemos em prol de outra pessoa, na verdade é feito visando o nosso bem-estar.
Considerando que o amor romântico é fruto do nosso amor próprio, subentende-se que o fim desse amor nos causa frustração, pois não nos acostumamos com a transitoriedade do amor e das coisas de um modo geral, ainda mantemos um sentimento infantil de não suportar a perda, de não aceitar o transitório. Com isso algumas pessoas chegam a pensar da seguinte forma: - Para quê eu vou me apegar a uma determinada coisa ou pessoa se é passageiro e vai acabar? - Essas pessoas esperam que tudo seja eterno. Dessa forma, não percebem o seu egoísmo nem a sua fragilidade e infantilidade diante do que dá e passa, ou seja, o transitório, nem a cegueira que os faz confundir amor próprio com amor romântico.