quarta-feira, 4 de março de 2009

Que sou eu?

Que sou eu senão reles matéria orgânica
alheia aos fenômenos da existência?
Um ser que deu por si com uma vaga sensação de liberdade,
para escolher, planejar e desejar tudo
que nunca saberá se foi o melhor a ser feito.
Pobre mortal!!!
Que espera ser matéria-prima de alguma coisa,
mas do quê?
Do fim? talvez.
E mesmo se fosse....
Seria um produto nobre?
Ou continuaria sendo esse mecanismo orgânico
exalando hipocrisia, medos, egoísmo,
todos esses maus sentimentos pertinentes à espécie?
Que seria eu se soubesse essas respostas?
Talvez, não suportasse e tivesse a dignidade de por um fim nisso tudo.
Ou talvez, me acovardasse mais uma vez diante da face da existência.
Nunca saberei ao certo!
Ao menos o fim seria minha decisão!
Mas a liberdade só me permite desconfiar...

4 comentários:

  1. leio muito poucos,mais esse poeta tem um certo estilo muito proprio ... muito admirável!!


    luciano san

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  2. Espero que as pessoas que tenham o prazer em ler este complexo e reflexivo texto, busque reconhecer o autor através de suas palavras, que o identificam facilmente. Parabéns Vila Nova, por renovar nossas idéias!!!

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  3. Quem sou eu?
    Quem somos nós?
    -Criaturas libertas, porém acorrentadas ao logo das eras, presas à crenças, à falsos conceitos, pobres mortais!!! Quando iram despertar!!!

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  4. A liberdade nos permite duvidar que somos e que continuaremos sendo só pó, ou vapor, ou até substâncias sólidas.
    É o preço de ter liberdade, é o preço de pensar.

    Abraçoo

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