terça-feira, 10 de março de 2009

O Papel e as Pessoas

O papel imenso e branco no qual descarrego meus pensamentos, minha loucura, minha raiva e meu amor pela vida, é o melhor amigo em dias de solidão.
Solidão constante, mas não física. Solidão no sentido de; estar rodeado de pessoas e mesmo assim se sentir sozinho. Cercado de pessoas dúbias que não compartilham das mesmas idéias, que não compartilham de nada, pois, nada lhes interessa. Pessoas que surgiram na vida apenas para fazer figuração. Porém, são necessárias, pois, me fazem ver de que forma eu não quero ser e/ou agir.
Essas pessoas não percebem quão rápida é a vida para perdermos tempo apenas existindo. É preciso viver! As pessoas que apenas existem são entediantes, não enxergam a vida com a mesma intensidade das pessoas que a vivem. Isso me faz preferir o papel, que apesar de não viver, só existir, possibilita o externar das minhas idéias, da minha loucura, da minha raiva e do meu amor pela vida, e incrivelmente, não me acha louco nem anormal, apenas me compreende.

3 comentários:

  1. De fato, admirável "poeta novo", de mentalidade amadurecida pela obrigatoriedade da vida.
    Inesplicável inspiração, beleza nas palavras e nos pensamentos, faz a vida mais intensa e mais suave mutuamente, com um talento único e sublime para apontar as coisas mais perfeitas ou o seu obscuro espelho.
    Continua seguindo o intento de teus lindos pensamentos.
    "RESPEITOSAMENTE",
    Mariana Guedes.

    ResponderExcluir
  2. Eu entendo sua solidão, às vezes ela me visita e tb compreendo suas indagações.

    É deprimente se dá conta que existem pessoas ao nosso redor que não vivem o além, por estar alienada e por gostar e aceitar essa alienação o que é mais cruel.

    Por isso há o papel como você descreve, ele um objeto comum e mágico...

    ResponderExcluir
  3. Certa vez eu ouvi que: "A solidão é a escola do gênio" Desde então, isso deixou de me apavorar!
    Entretanto, o papel realmente é um dos melhores companheiros em dias de solidão.
    Aproveito o ensejo e encerro com uma máxima Nietzschiana: "Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos de quem não sabe voar."

    ResponderExcluir